Por Arão Leite
Alta Floresta – Mayara Zague Dansinguer, é uma jovem de 18 anos, moradora de Alta Floresta em Mato Grosso, passando por um drama que já dura anos. Desde os cinco a seis anos, foi diagnosticada com Dermatite Atópica, uma doença não muito conhecida, mas que pode afetar até 7% da população adulta e 25% da população infantil.
A dermatite atópica é uma inflamação crônica da pele que causa coceira e lesões pelo corpo. E é assim que está a jovem Mayara, com as pernas principalmente, cheias de feridas. Ela que já passou por vários médicos desde quando ainda era moradora do estado do Paraná, chora por saber que é uma doença sem cura e o pior, nem o remédio para amenizar o sofrimento, tem conseguido.
Rinvoq, segundo receituário médico, é uma medicação que conseguiu uma vez através do Sistema único de Saúde, depois de entrar com pedido via Defensoria Pública em Mato Grosso. Mas só conseguiu tomar os três meses e depois acabaram as cápsulas. “Esperamos desde maio do ano passado conseguir mais, só que a empresa pede a atualização do laudo. Estamos lutando aqui pela Secretaria de Saúde desde o ano passado. Mas ficam nos jogando para um lado e outro. Precisamos desse documento”, conta a mãe Luciane Zague.
Sem conseguir a medicação de alto custo, Mayara fica à mercê de outros remédios e muitos à base de corticóide que segundo ela e a mãe, amenizam dor e coceira momentaneamente, mas podem prejudicar ainda mais sua saúde em relação à dermatite. “Quando ela não aguenta mais, que as pernas e resto do corpo ficam cheios de feridas e crônicas, vamos ao PAM tomar medicação. Alivia, mas o que ela precisa é o Rinvoq que só consegue através de receita especial, é importado e a família que paga aluguel de uma quitinete, não tem como arcar o valor. “Custa 10 mil reais uma caixa e só dá para 90 dias”, lembrou a mae.
Enquanto isso, Mayara que tem vergonha de sair na rua com blusa sem manga ou de short, chora sem saber como será o futuro com a doença. “Só queria pelo menos o remédio e para isso, esse laudo atualizado, já seria um caminho”, apela a jovem que está com o corpo todo marcado pelas feridas. “É muita dor”, finaliza.


