Por Arão Leite
Alta Floresta – Pelo menos cinco armas de fogo, sendo boa parte de uso restrito, uma pessoa presa em flagrante e já convertida em preventiva, além de muita documentação e mais de 300 cheques apreendidos em dois cofres de um dos investigados pela Polícia Civil de Colíder, em forte esquema de extorsão e estelionato na região.
A frente do caso, o delegado Breno Houly disse que a organização criminosa investigada estaria agindo há pelo menos dois anos, com vítimas não apenas em Colíder, mas na região de Alta Floresta e estado do Pará, deixando rastro de prejuízo e medo às vítimas que perdiam seus bens e ao tentar resgatar, eram ameaçadas.
Uma grande Operação foi montada com agentes de Colíder, Alta Floresta e cidades vizinhas para cumprimento de ordens judiciais, pegando os suspeitos de surpresa em casas na zona urbana e propriedades rurais.
O desfecho foi informado em material publicado pela assessoria da Polícia Civil. Leia
A Polícia Civil de Mato Grosso, cumpriu na quarta-feira (7.5), seis mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar decretados contra integrantes de uma organização criminosa instalada em Colíder e responsável pela prática de estelionato e extorsão.
A ação realizada contou com apoio dos policiais civis de Alta Floresta, resultou na apreensão de armas de fogo, munições, celulares, cheques e documentos que serão base da continuidade e aprofundamento das investigações.
Durante diligências a equipe da Delegacia de Colíder apurou que os envolvidos vinham praticando golpes no contexto da comercialização de máquinas pesadas na região norte de Mato Grosso com ramificações no Pará.
As investigações iniciaram após a vítima levar uma escavadeira para conserto em uma oficina mecânica localizada em Colíder. Na ocasião o suspeito apresentou orçamento do serviço no valor de R$ 60 mil, sendo a quantia paga integralmente via PIX.
Ocorre que no decorrer do conserto, o suspeito intermediou a venda da escavadeira para uma terceira pessoa, que prometeu pagar parte em dinheiro e parte com uma picape Fiat Strada.
Ao aceitar o acordo a vítima transferiu os bens antes de receber o valor integral, e logo depois passou a receber ameaças e descobriu que o veículo entregue era dublê e pertencia a uma facção criminosa. Então ao tentar reaver a escavadeira, a vítima constatou que o maquinário havia sido levado para a cidade de Novo Progresso, no Pará.
Durante diligências foi identificado que o transporte da escavadeira foi feito por um indivíduo contratado pelo sócio informal da oficina.
Os suspeitos integrantes da organização criminosa são apontados como sendo os intermediadores das fraudes, tendo induzido as vítimas ao erro e facilitado a apropriação indevida dos bens, bem como faziam ameaças forçando as vítimas à aceitação dos termos fraudulentos.
Com a apreensão dos materiais as investigações continuam para conclusão do inquérito policial e indiciamentos dos investigados. (com informações PJC MT)
