Mas Roberto Martins, representante de Alta Floresta, não pensa em desistir das pistas
Por Arão Leite
Alta Floresta/MT – Dez dias depois do acidente que matou o corredor Antônio da Silva Cavalcante, o também corredor Roberto Martins da Silva, de 31 anos, caminha os primeiros passos da recuperação, ainda sem ‘cair a ficha’ de que seu maior incentivador das pistas de atletismo se despediu sem dizer adeus. O acidente em que ele, Antônio e mais três pessoas foram vítima aconteceu dia 23 de março.
Na ocasião, estavam na Rodovia MT-320, poucos quilômetros à frente do município de Carlinda. Iriam para Matupá disputar uma prova, mas buracos na pista e a perda de controle da caminhonete encurtou o caminho. O veículo saiu da pista capotando. Antônio, o popular Taz, morreu na hora. A esposa do motorista ficou muito ferida e Roberto, com sérias fraturas nas costelas, região do tórax e outros ferimentos pelo corpo.
“Tem hora que até esqueço. Principalmente quando acordo, tento levantar rápido e aí sinto as dores, que não posso fazer meus treinos de manhã e à tarde. Tudo ainda é muito novo”, comenta Roberto que não esquece o amigo Taz. “Ele era um grande amigo, incentivador. Treinávamos sempre juntos, corríamos as mesmas provas e ele sempre apoiando”, diz o atleta lembrando como era o clima na tarde de 23 de março. “Eu, ele, Marcelo e o Raimundo, estávamos todos contentes. Íamos para Matupá e depois para Lucas. Eu tinha treinado muito e estava indo em busca do primeiro lugar em Matupá e até 5º em Lucas, mas…infelizmente, não temos como prevê o que vai acontecer”, lamentou.
Andando lentamente, Roberto agradece orações e torcidas por sua recuperação. Fala que ainda não tem uma previsão exata de quando poderá retomar os treinos e até correr, mas quer voltar. “Sei que os médicos disseram de três a seis meses, dependendo da reação do organismo. Mas quero muito e não vou desistir da pistas e buscar mais medalhas e troféus para Alta Floresta”, finalizou o corredor.